Churrasco
Não há churrasco igual ao feito no Rio Grande do Sul – pelo menos segundo os gaúchos. Os mais tradicionalistas abominam rodízio (ou espeto corrido) e torcem o nariz para bufê de salada. Para eles, a farinha de mandioca é a melhor companhia para a carne. Também não têm interesse pelo filé-mignon – suas preferências são a costela e a picanha.
Feijoada
Presente em cardápios de todo o país e famosa até no exterior, ela faz jus ao título de prato nacional. Embora existam muitas versões da receita, prevalece a servida na cidade do Rio de Janeiro, onde surgiu o primeiro registro do termo “feijoada”. Na panela, acrescido de carne-seca, paio, linguiça, lombo, costela, pé, orelha e rabo de porco, o feijão-preto rende um saboroso e consistente caldo, servido com arroz, laranja, torresmo e couve (em diversos lugares, também com linguiça frita e banana à milanesa). Antes de ir para o fogão, as carnes precisam ser dessalgadas, processo que deve começar pelo menos um dia antes do cozimento.
Carne de sol
Um banquete de carne de sol inclui sempre feijão-verde, macaxeira, farofa d’água, pirão de leite e vinagrete. Mas não se deixe enganar pelo nome do ingrediente principal: a carne salgada descansa previamente na geladeira ou em câmara fria, e não no sol, que a deixaria mais dura e desidratada, originando a famosa carne-seca. Extraída de coxão mole ou duro, a peça é assada na grelha ou frita na manteiga de garrafa.
Tucupi
Principal ingrediente da cozinha do Pará, o tucupi é extraído do suco da raiz da mandioca-brava, que precisa ser fervido demoradamente para perder o venenoso ácido cianídrico. No último estágio adicionam-se chicória, alfavaca e sal. É no equilíbrio entre esses temperos e o tempo de fervura que se obtém o líquido fundamental na receita do pato no tucupi. No tacacá, um caldo inspirado na culinária indígena, o tucupi dá um toque na combinação entre goma de mandioca, camarão seco, pimenta-de-cheiro e jambu.
Acarajé
Chamado de acará na língua iorubá, o bolinho de feijão-fradinho, frito em azeite de dendê, é recheado com vatapá, camarão seco e vinagrete. Paladares desacostumados devem responder “Não” à pergunta “Com pimenta?”, repetida pelas baianas nas barracas de Salvador. As melhores ficam no Farol da Barra, e costumam aparecer por lá à noitinha.
Ostras
Nas águas de Florianópolis as ostras encontram as condições ideais para se desenvolver. O canal entre a ilha e o continente recebe um fluxo constante de nutrientes marinhos, sob temperatura amena. Ali o molusco está pronto para o consumo em apenas oito meses – em outras regiões, o ciclo completo pode chegar a quatro anos. Por isso, a ilha é a maior produtora da iguaria no país.